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Filhos Dourados do Soul

by Madame Rrose Sélavy

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1.
Nós perdemos o controle, Estamos bem perto do perigo, Ir atrás de um lugar para desejar, Mil palavras não servem para nada, Todas as regras serão arremessadas, Sem fingir uma vida que não temos, Todos terão seus navios na garrafa. Só um cisco no olho do gigante...
2.
Você perdeu sua língua, Eu lati como um cachorro, Você roubou minha sepultura, Isso deu calo na coluna, Você só dorme o dia todo, Eu nunca tive um transtorno, Você quebrou no mercado, Quase morri de colapso. Não vou beber do seu veneno, Não vou manter o seu segredo.
3.
Brincar de novo rumo ao mesmo ponto, Você não pode esconder seu rosto, Anda feito pato, fede como rato, Você não sabe mascarar o fato, Sempre escapa atrás de um boato, Você merece um bico de sapato, Um personagem do mais caricato, Você não vale nem um carrapato.
4.
Quando você beija, eu fico exposto, Quando você ri, eu gozo, escandaloso, Quando você briga, eu me desmonto, Quando você cai, eu durmo tonto, Quando você cansa, fico sem sono, Quando você vai, eu também morro.
5.
Nada agora é mais segredo Porque estou com tanto medo Sempre repito os mesmos erros Me enganar por um momento Porque não lembro o que penso Porque não sei quando me perco... Nada agora faz sentido, Nunca sacio o meu vício, Ninguém suporta o meu ritmo, Sinto que o ódio está contido, Não tenho espaço que preciso Isto está me deprimindo... Não desejo ser um morto Não me sinto mais tão louco Não escondo o meu rosto Não desperto mais meus monstros...
6.
Sou o sabor da sua língua, O seu beijo é como o vinho, Sou o lençol da sua cama, O seu corpo é meu delírio, Sou a fogueira da sua alma, O seu gozo é meu carinho.
7.
Cada coisa em seu lugar, Não preciso perguntar, Não tenho o que sonhar, Não consigo me lembrar, Sem ter o que pensar, Quando vou recomeçar, Não sei me libertar, Nem sei como mudar, O que posso dizer quando o dia terminar, O que eu posso ver quando a luz se apagar, O que posso fazer quando ninguém enxergar, O que eu posso ser quando o mundo acabar...
8.
Você diz que acredita, Mas não quer saber de mim, Cada um com seu disfarce, Quando o veneno respinga, Você me chama de louco, Mas não muda a sintonia, As palavras não são claras, O que eu sinto é maresia, Tudo acontece rápido, O que eu penso é ventania, Minha vida é um maremoto, Sua sina é fantasia.
9.
Ninguém 02:54
Você não tem um lugar para onde ir, Nunca te deram uma chance para fugir, Você inventa um monte de problemas, Não enlouqueça com a desgraça da cabeça... Ninguém inferniza onde você barbariza, Ninguém responde onde você se esconde, Ninguém critica quando você perde a linha, Ninguém esquece quando você enlouquece... Não há ninguém para enxugar a sua lágrima, Não há ninguém para açucarar a sua tara...
10.
Todo mundo tem alguém pra amar, Todo mundo tem que ter seu lugar, As vezes acho que eu vou me afogar, Mas pra quem sonha é preciso (voar) (gritar), Sem mentir do medo de se atolar, Sem fugir do medo de mergulhar... Nunca faça pontaria onde o sonho não alcança...
11.
Quebrei minha cabeça no tijolo, Perdi os meus dentes de novo, Despedacei meu próprio corpo, Joguei vinho no meu rosto, Eu vi sangue jorrado do olho, Eu encontrei ouro de tolo, Ele pode ser louco, Mas só conheço esse sonho.
12.
Mundo Livre 02:38
Acabei de alcançar o mar, Esse é o lugar pra se adequar, É bom seu ar só pra relaxar, Vou caminhar, depois nadar, Pegar o barco e mergulhar, Minhas feridas vão cicatrizar, Não tenho medo, basta sonhar, Tem arte em quase todo lugar.
13.
Sono moribundo, De salto no muro, Língua de molusco, Ciência de burro, Abismo imundo, Um grito no escuro, Mergulho de brusco, Uma luz no fim do túnel. Amante de açougueiro, Qualé o seu cheiro? Nariz no formigueiro, Qualé o veneno? Mão de pistoleiro, Um tiro certeiro, Adeus ao pardieiro, Nunca mais vi fogueteiro.
14.
Nunca espero de ninguém além de mim, Não procuro competir com ninguém, Nunca faço o que querem de mim, Não escuto de ninguém qualquer blues, Não tenho nada a dizer.

about

O oitavo álbum da banda Madame Rrose Sélavy (décimo primeiro com os bootlegs) é um estilete que abre um corte na trajetória da banda. A poesia, a crítica social, a imaginação e a realidade se misturam e os beats são acentuados pelas texturas das guitarras, dos vocais e dos sintetizadores. As letras, ao mesmo tempo irônicas e líricas, ora são amargas, ora cheias de esperança, buscam retratar as sutilezas, os afetos e a crueldade do cotidiano. Em meio a real distopia em que vivemos, a banda apresenta um álbum que é uma celebração do fantástico e do onírico com a acidez que o momento instiga e um bocado de emotiva sensualidade, pois tudo que não se inventa é mentira. Somos todos filhos dourados do soul!

Gravado, mixado e masterizado no estúdio caseiro do Colégio Invisível.

Madame Rrose Sélavy's eighth album (eleventh with the bootlegs) is a knife that opens a cut in the trajectory of the band. Poetry, social criticism, imagination and reality blend together and beats are accentuated by the textures of guitars, vocals and synthesizers. The lyrics, both ironic and lyrical, are bitter, but also full of hope, seeking to portray the subtleties, affections and cruelty of daily life. Amidst the real dystopia in which we live, the band presents an album that is a celebration of the fantastic and dreamlike with the acidity that the moment instigates and a lot of emotional sensuality, because everything that is not invented is a lie. We are all golden sons of soul!

Recorded, mixed and mastered in the home studio of Colégio Invisível.

credits

released April 1, 2017

Alex Pix (guitarra)
Ana Mo (vocal)
Lacerda Jr. (guitarra e synth)
Marcos Batista (baixo)
Raul Lanari (bateria)
TucA (vocal)

Todas as canções foram compostas por Lacerda Jr & TucA.
Produção Musical de Alex Pix, Lacerda Jr & TucA.

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about

Madame Rrose Sélavy Belo Horizonte, Brazil

Electro Frevo Bossa Punk

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